sábado, 24 de julho de 2010

GERÊNCIA REGIONAL DE SAÚDE DE JOINVILLE.: Homenagem ao Barradas!

GERÊNCIA REGIONAL DE SAÚDE DE JOINVILLE.: Homenagem ao Barradas!: "Meu amigo Barradas ! BARRADAS ERA ADMINISTRADOR PÚBLICO PECULIAR.EM SUA MESA NUNCA HAVIA NENHUM PAPEL, NENHUM PROCESSO, A ATESTAR A POSTUR..."

Homenagem ao Barradas!

Meu amigo Barradas !


BARRADAS ERA ADMINISTRADOR PÚBLICO PECULIAR.
EM SUA MESA NUNCA HAVIA NENHUM PAPEL, NENHUM PROCESSO, A ATESTAR A POSTURA DE QUEM NÃO ATRASA TRAMITAÇÃO DOS PLEITOS QUE LHE SÃO APRESENTADOS. ADIB D. JATENE

ESPECIAL PARA A FOLHA

Conheci o Barradas em 1979. Eu tinha sido indicado para ocupar a Secretaria de Estado da Saúde. À época existia uma aguerrida equipe de médicos sanitaristas criada pelo prof. Leser, que pela segunda vez ocupara a Secretaria da Saúde. Apostara em médicos jovens que na Faculdade de Saúde Pública da USP foram preparados para ocupar os cargos de direção na rede de serviços, em lugar de médicos clínicos que passaram a cuidar exclusivamente dos pacientes.
Barradas era um deles que incorporei ao gabinete. Por 38 meses trabalhamos juntos e pude sentir um profissional vocacionado e idealista, inteiramente dedicado a melhorar as condições de saúde oferecidas à população. Desde logo, todos perceberam sua capacidade de abordar os problemas que surgiam e partir para a análise das variáveis e sempre oferecer propostas de solução. Embora jovem e em início de carreira, era sempre consultado e seus comentários, habitualmente pertinentes, acolhidos.
Na elaboração do Plano Metropolitano de Saúde, foi encarregado de delimitar áreas e localizar em cada uma delas terreno para construção do posto de saúde que não oferecesse dificuldade de acesso à população. Descobriu que no processo de desapropriação eram necessárias 19 assinaturas de 1º escalão com idas e vindas do processo, o que em média levava quatro anos.
Fez com que o secretário promovesse gestões para simplificar o processo, reduzindo o prazo para três meses. Foi graças a essas ações que na área de São Mateus se construiu, em tempo recorde, 12 centros de saúde -e outros 48 foram construídos na capital e na área metropolitana, equipados e vinculados a populações específicas.
Quando em fevereiro de 92 fui chamado para o Ministério da Saúde, levei o Barradas como secretário particular e, mais que isso, como meu conselheiro em tempo integral. Por oito meses pude consolidar o conceito que já tinha dele. Competente, sério, leal e profundamente dedicado ao interesse da população.
Chamado a ocupar o ministério pela segunda vez, não consegui levá-lo, porque a essa altura já chegara à posição de secretário-adjunto na administração de seu professor e amigo José da Silva Guedes. A participação de Barradas na administração Serra, bem como sua atuação como secretário de Saúde, já foi ressaltada pelo próprio Serra em artigo neste jornal.
Sua presença como secretário estadual da Saúde, por quase oito anos consecutivos, nos governos Alckmin, Lembo, Serra e Goldman, é incomum e consagra um administrador. Terminou obras inacabadas de vários hospitais, inclusive o bloco três do Instituto Dante Pazzanese e a do prédio, que, por mais de dez anos na av. Dr. Arnaldo, desafiou a administração, implantando o Instituto do Câncer Octavio Frias de Oliveira.
Barradas era administrador público peculiar. Inteligente, de postura impessoal, com justezas das decisões. Em sua mesa nunca havia nenhum papel, nenhum processo, a atestar a postura de quem não atrasa tramitação dos pleitos que lhe são apresentados.
Barradas nos deixou de forma inesperada. No seu velório, mais de cinq�?enta coroas e uma multidão, desde governadores, o ministro Temporão, e todo o alto escalão da saúde, tanto pública quanto privada, bem como funcionários da secretaria, em um adeus emocionante, que deve ter confortado sua companheira de jornada, Rita, seu filho, a filha e seu irmão.
A mensagem intrínseca de todos, ali consternados, e já saudosos da sua ausência, era de que a saúde pública perdera um batalhador incansável. Mais que tudo, a demonstração de que partiu cercado pela admiração e respeito que conquistou não pelos cargos que ocupou, mas pela forma como os exerceu, despido de vaidade, com lucidez, competência, com dignidade e postura ética que me faz ficar orgulhoso de ter sido seu amigo.
ADIB D. JATENE é diretor-geral do Hospital do Coração - Associação do Sanatório Sírio

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Colegiado de Gestão Regional Nordeste Convite




Avaliação do Protocolo de Manchester - 2ª avaliação

Estabelecer um tempo de espera para atendimento médico de acordo com a gravidade do paciente. Este é o objetivo do Protocolo de Manchester que, depois de dois meses instalado nos hospitais de Joinville, irá passar pela sua segunda avaliação. A Gerência de Saúde da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional (SDR) – Joinville, juntamente com a Secretaria da Saúde de Joinville irá avaliar a implantação do método no município no dia 22 de julho. O encontro acontece às 19h na sede da SDR – Joinville. A primeira avaliação aconteceu no dia 23 de julho.

De acordo o gerente Regional de Saúde, Douglas Machado, essa nova ferramenta de avaliação busca contribuir na estruturação em rede, no fortalecimento da regionalização da saúde, e principalmente na implantação de uma linguagem única. “Estamos construindo um modelo de atenção onde as condições mais graves tenham maior atenção”, conclui.

Protocolo de Manchester

Os pacientes são pré-avaliados por enfermeiros que os classificam conforme o Protocolo utilizado em âmbito mundial, de acordo com cinco cores. O vermelho indica necessidade de socorro imediato, como parada cardíaca, vítimas de acidentes graves ou com queimaduras profundas. O laranja dá um prazo de cerca de 10 minutos para que o atendimento seja providenciado. O amarelo é para pacientes sem riscos com dores abdominais e convulsões que podem ser atendidos em até uma hora. O verde dá à equipe o prazo de duas horas para o atendimento e o azul é reservado às pessoas que não correm risco algum e que são aconselhado à se direcionarem aos Postos de Saúde.

O Protocolo tem a finalidade de reduzir os índices de óbitos por causas indeterminadas, já que, a partir das Referências estabelecidas, os casos de Urgência e Emergência têm prioridade no atendimento. O método teve início na cidade de Manchester, Inglaterra, em 1997 e se tornou referência mundial. “Nós implantamos este Protocolo em Santa Catarina com base no sucesso desta experiência em outros países, como Reino Unido, Portugal, Espanha, Suécia, Holanda e Alemanha", destaca o secretário Estadual da Saúde, Roberto Hess de Souza.

Mais informações com a Gerência de Saúde da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional (SDR) – Joinville pelo telefone (47) 3423-2457.